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Como conheci o meu inseparável amigo

Por: Leandro Ricardo de Vasconcelos

Era comum encontrar meu irmão pelo canto da casa tocando seu violão. Na época ele tinha um grupo de samba que fazia apresentações em bares e em casas noturnas do centro da cidade. Por esta razão dedicava o máximo de si. Eu gostava de ouvi-lo tocar, mas preferia jogar futebol ou vídeo game.

 

Determinado dia, ele chegou em casa com um cavaquinho, dizendo que comprara para que eu aprendesse a tocar. A principio não me contentei muito com o presente, pois considerava ser muito difícil, quando tentava, logo desistia. Costumava deixar o instrumento em cima do guarda-roupa, ou em qualquer outro lugar da casa.

 

Minha atitude contrariava as intenções do meu irmão, pois ele desejava me ver tocando aquele cavaquinho. Mas o meu desinteresse era nítido, todos percebiam. Sendo assim, ele próprio tratou de aprender, até estranhei vê-lo querer tocar cavaco, já que as músicas que ele gostava mais das que fossem acompanhadas somente por violão; Djavan, Gilberto Gil, Caetano, Chico Buarque, ente outros.  

           

            Não passou mais de uma semana, ele me chamou. Pediu que eu me sentasse numa cadeira, e frente a frente deu a ordem:

- Segura este instrumento aí. Vamos lá! - Coloque seus dedos na posição que eu disser. Olha! Esta nota é o Dó Maior.

 

Ficamos durante horas nesta “tortura”, já sentia a ponta dos meus dedos latejarem de tanta dor.

 

Percebi que a medida em que eu alternava as notas, conseguia tocar algumas músicas. Esta descoberta me deixou surpreso e muito feliz. Minha concepção a respeito do instrumento acabara de mudar completamente, agora eu não conseguia mais deixo-lo só.

 

Cheguei ficar horas e horas tocando sem cessar, aprendia a cada dia mais ouvindo os discos do Fundo de Quintal e tentando acompanhar o ritmo original das músicas. Aonde que quer que eu fosse levava ele - meu cavaco - comigo. Para me identificar, muitas pessoas usavam-no como referencia, “O cara do cavaco”, alias, ele realmente  tornou-se meu fiel companheiro. Através dele conquistei amizades, garotas e a simpatia de muitas pessoas.

 

Hoje declaro abertamente que sou o que sou (cavaquinista), devido o que meu irmão fez por mim. O tenho como meu mestre, e sou imensamente grato pelo incentivo proporcionado em relação à música. Sinto enorme prazer ver seu sorriso quando tocamos juntos, ele se enche de orgulho. Sempre acreditou que eu chegaria a tal instrumentalmente. O sacrifício não foi vão, e disso, tenho certeza
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